
Lives musicais já existem faz um tempo, porém no período de isolamento social devido à covid-19 vimos a quantidade de transmissões explodir. Marília Mendonça atingiu o pico de 3,2 milhões de pessoas assistindo ao mesmo tempo. Os artistas mais populares do mundo nas lives do YouTube são brasileiros. O Gusttavo Lima conseguiu superar a Beyoncé que obteve 458 mil acessos simultâneos. As marcas patrocinaram diretamente as transmissões conquistando ainda mais visualizações com as reproduções posteriores à live. A live do Bruno & Marrone, tem até o momento mais de 28 milhões de views.

Patrocínio da Brahma durante a live de Bruno e Marrone.
É perceptível nas parcerias de marcas e artistas duas oportunidades estratégicas de marketing:
_alcance, uma métrica mensurável através das lives e que atraem os investidores
_branding, atrelar a marca a figura de um artista é uma forma de personalizá-la e também uma oportunidade de gerar ainda mais envolvimento do público e, por consequência, mais vendas.
Ambas funcionam diretamente para grandes e pequenos artistas, porém de acordo com o número de pessoas alcançadas pelo artista podem variar as tendências e possibilidades de monetização das lives. Artista independentes também têm feito esforços porém em sua imensa maioria não tem conseguido rentabiliza muito.
É perceptível que uma grande parte dos artistas pequenos pedem um favor ao público. Porém, é necessário que ele perceba mecanismos de atribuir valor à sua marca como banda ou músico na negociação com parceiros e fãs.
Listei algumas tendências e oportunidades para artistas independentes para utilizarem as lives musicais como fim ou como meio de se rentabilizar. Isso mesmo, dinheiro no bolso.
_Utilizar o impacto e o alcance das lives como meio para conquistar mais fãs
O raciocínio é simples: quanto mais pessoas entram em contato com seu conteúdo, maior é o número de pessoas que podem te seguir e virar um público seguidor e consumidor da sua marca, você sendo artista ou não. As lives têm grande impacto para o seu público fiel e eles têm amigos que podem também consumir do que você oferece, peça para compartilhar durante a live. Além de que as suas lives agora podem ficar para sempre na internet gerando novos fãs. Atribuir valor na marca do músico ou banda podendo gerar renda com a venda de merchans e também no que oferecer no financiamento coletivo, por exemplo.
_Os artistas terão que mensurar os dados e perceber a segmentação do público
Há público para tudo que é tipo de produto. Algumas empresas de pequeno porte podem se interessar por atingir um público que coincide de alguma forma com o público da marca. Com artistas de mais de 100k já se pode pensar em parcerias com empresas que vejam a oportunidade de atingir um público específico com uma proposta de valor. Ou campanhas locais de artistas locais em parceria com marcas locais.
Para isso, é importante o artista ter um projeto bem claro de mídia constando as KPIs que podem ser de interesse do empresário:
– número de visualizações (simultâneas e posteriores)
– custo por mil visualizações (CPM);
– cliques no link do patrocinador.
– custo por clique (CPC) no link do patrocinador.
_Lançamentos através de lives e a importância da união entre os artistas
Alguma empresas podem estar em busca de uma estratégia de lançamento de seu produto ou marca. Empresas pequenas e médias estão em busca de lançar sua novidade com um grande impacto e, ao mesmo tempo, conhecer o seu público. Os artistas podem aproveitar o alcance das lives para fazer seus lançamentos.
Essa tendência pode se desdobrar. Vários artistas pequenos podem se unir para propor a essas empresas a fazer lives em sequência em um mesmo dia lançando uma nova marca. Inclusive artistas poderão fazer grandes apresentações gerando cliques para compra de merchan e outras formas de patrocínio.
_Os músicos terão que aprender a se comunicar melhor e a se comportar nas transmissões
Para uma parte dos músicos se comunicar é algo mais fácil, mas nem pra todos. Mas se comportar pode soar repressivo, incômodo e revoltante, inclusive pra mim que também sou músico. Os patrocinadores não poderão arcar com comportamentos inapropriados com a identidade conceitual da marca ali exposta. O artista tem que entender que ele está divulgando algo com o que se identifica.

Quanto vale a marca para uma empresa.
O cantor sertanejo Gusttavo Lima em sua segunda live encheu a cara, onde além da Bohemia (ele não bebeu só cerveja, inclusive), havia patrocínios da Cielo, da Perdigão, do Serasa e das Casas Bahia. Demonstrando muita irresponsabilidade profissional pela falta de respeito ao dinheiro investido pelas marcas. Se você é um artista pequeno que está criando um público e gerenciando de forma ativa a sua marca, ou pelo menos deveria estar preocupado com isso, é fundamental que fique atento ao que você vai fazer entre uma cerveja e outra. Tome cuidado, comporte-se no limite da sua arte.
_O artista independente terá que melhorar as estratégias de marketing digital
O artista independente terá que investir em marketing digital muito trabalho, dedicação e o dinheiro que puder. Entender das estratégias, as melhores ferramentas, KPI’s. As redes sociais representam o principal ponto de contato do artista com o público, por isso é necessário estruturá-las de forma estratégica. E como você pode atrair gente para uma nova etapa é fundamental para ter leads com os quais pode conversar diretamente por e-mail, whatsapp além do Facebook e Instagram. Mensurar o sucesso da estratégia terá que ser uma prática diária. Através de alguns cursos você pode ter meios de entender quais os meios utilizar para atingir seus objetivos.
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